12-12-10 – Acordamos muito cedo, com os barulhos da cidade que não dormiu (sábado a noite...) Ao contrario de minha primeira impressão, ontem, ao irmos para o outro lado da cidade, em direção ao Parque Lapataia, deu para ver o que a cidade não tem nada de pequeninha...
Qdo estávamos saindo da cidade, fomos parados numa blitz, de bafômetro! E o Darci passou, viu Tio Luiz!!
Soubemos que do meio para o norte da ilha de Tierra Del Fuego, não chega a nevar no inverno, mas se cria muito gelo!
O vento é tanto, que o gado chega a deitar no pasto!
Chega a mais de 200km por hora, em alguns dias, e os foguinos nem se assustam...
Como saímos bem cedo, deixamos para tomar café da manhã em Tolhuim, uns 100 km depois de Ushuaia, numa padaria tradicional e 24 hrs, chamada La Union... vejam nas fotos, ao fundo, dois jovens dormindo na mesa, dando aquele ar de bang bang a italiana!!! Eheheh
Tramites de fronteira de novo: sai da Argentina, entra no Chile... de novo a travessia no estreito de Magalhães (não dá pra deixar de lembrar que, submerso, há um grande cemitério de navios, sob nós)
Uns 35 km depois de tomarmos o rumo de Punta Arenas, virando a esquerda, tem uma estância abandonada, chamada San Gregório, com várias residencias, estábulos, pavilhões... tudo largado e bem sinistro. Tem até uns cascos de barcos que parecem ter sido resgatados de naufrágios. Um pouco antes dessa estância, tem um campo cercado, com uma placa alertando para ter cuidado, pois que é um campo minado (sobras das antigas disputas Chile x Argentina).
Algo que eu havia esquecido de comentar: os livros na Argentina são a metade do preço do Brasil! Aproveitei para comprar:
Julio Verne – El Faro Del Fin Del Mundo
Darwin – Diarios da Patagonia
Gunther – Diário de vôo sobre a patagônia (não lembro bem o tit)
Celdas – uma coletânea de cartas, poemas, escritos nas paredes das celas, dos presos do Ushuaia
Chegamos a Punta Arenas! Confesso que esperava uma cidade menor, como se fosse uma Gramado a beira de um mar gelado... Nem Ushuaia, nem Punta Arenas me deram o sabor de inóspido que esperava encontrar por aqui... apenas Puerto San Julian me deu este presente, até agora!
Depois de nos acomodarmos no hotel, após uns 600 km, o Darci ficou descansando e eu fui visitar o cemitério local: considerado o mais bonito do Chile! Fiquei encantada com as alamedas de ciprestes, todos aparados e arredondados!
Pelo que se vê nos túmulos, muitos povos colonizaram aqui: alem dos espanhóis, alemães, ingleses, italianos, poloneses... Tem uma aristocracia que conseguiu ser proeminente até depois de morta: o tumulo dos Brown é como que uma quadra do cemitério, cercada e trancada, onde não misturavam o seu sangue aristocrático, nem depois que o mesmo já estivesse frio! Que arrogância!
Contudo, amanhã pretendo conhecer o casarão que foi dessa família, que hj é um museu... não gostar, não significa ignorar...
Bem mais democrático é o tumulo do Indiozito, um índio anônimo que a crença popular atribui milagres... a mão e o pé esquerdo da estátua chegar a estar com o metal polido, de tantos contatos buscando consolo e esperança!
Esse tumulo tinha flores, o dos Brown não tinha...
Bjs silenciosos
Helen
Obs: a ultima foto é de um pratode Centollas, aquele carangueijo gigante patagonico!
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